Você sabe qual é o objetivo de uma praça de pedágio e quais são as principais presentes nas rodovias brasileiras? Elas são responsáveis pelas cobranças desses serviços e gerenciam o tráfego de diferentes maneiras, especialmente no oferecimento de estrutura, instalação de equipamentos eletrônicos e retornos em relação ao valor arrecadado.
A grande questão é que conhecer mais sobre esse tipo de cobrança faz a diferença no momento de definir rotas, organizar melhor o trabalho com transporte de cargas e identificar o que realmente vale a pena. Até porque os preços das taxas arrecadadas são reajustados com frequência, e uma rodovia pode ter a praça principal e as unidades extras ao longo do trajeto.
Quer saber mais? Vou mostrar neste artigo o que é praça de pedágio e quais são as principais encontradas nas rodovias nacionais. Acompanhe!
O que é praça de pedágio?
Na prática, a praça de pedágio é um conjunto de dependências organizadas em determinados pontos das rodovias em que funcionam serviços de pedágios. Eles apresentam trechos com alargamento adequado para a conformação de diversas pistas. Esse tipo de praça, de modo geral, realiza o controle do tráfego e faz o processo de recolhimento da tarifa.
A estrutura de cada uma delas costuma ser pensada estrategicamente com foco em atender o maior número possível de tráfego da via. Então, a empresa responsável por este trabalho deve instalar equipamentos eletrônicos para alcançar o máximo de retorno em relação ao pedágio arrecadado e o controle do tráfego em diferentes situações.
Os dados coletados permitem ter um histórico numérica baseado em períodos anteriores do tráfego e, dessa forma, desenvolver operações especiais. Confira a seguir alguns exemplos:
- tráfego de veículos que trabalham com o transporte de cargas especiais;
- implantação de operações de tráfego;
- bloqueio de faixas para a realização de obras voltadas para conservação e manutenção;
- ações calculadas pontualmente para que a praça de pedágio seja considerada ainda mais um ponto de apoio para bloqueios em casos de emergência.
Formação da praça de pedágio
Uma curiosidade que muitos motoristas costumam ter nas estradas é como a praça de pedágio é formada em suas dependências. Em resumo, tudo está incluído no chamado prédio administrativo em que se localizam algumas divisões. Entre as principais estão a sala de descanso para os colaboradores poderem aproveitar o tempo livre durante as pausas de refeições.
Existe também a sala do servidor, em que fica o coordenador dos serviços em visita de rotina, os servidores, processadores e componentes de maneira mais ampla. Já as atividades específicas ficam na sala de conferência, incluindo conferência de numerário, fechamento de malotes, separação de troco e preenchimento de formulários.
Outros pontos internos são a sala da tesouraria em que está o cofre e o armazenamento de valores recolhidos, a sala do técnico de manutenção eletroeletrônica, um túnel subterrâneo que fica ao longo do eixo da praça nos pontos que são instalações equipamentos de controle e o duto da coleta de sangrias, refeitórios e, obviamente, sanitários, espaços de higiene e vestiários.
Quais as principais praças de pedágio do Brasil?
Uma questão bastante interessante é que o Brasil é o país com o maior número de praças de pedágio em todo o mundo. Sendo aproximadamente 376 e quase metade delas, 180, estão localizadas nas rodovias do Estado de São Paulo.
Além disso, vale destacar que não são todas as regiões do Brasil que contam com praças de pedágios (estão presentes em somente 48% deles). Por exemplo, no Nordeste existem 15 unidades de cobrança, enquanto na região Norte o motorista não encontra nenhuma.
Outro ponto interessante é que alguns pontos cobram pedágios mais caros, com destaque para as praças de São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. A mais cara do Brasil, inclusive, é o sistema Anchieta–Imigrantes que cobra o valor de R$ 35,30 a cada 100 km rodados.
Veja a seguir quais são as principais praças de pedágio no território nacional!
Trecho Via Lagos
O pedágio da Rodovia dos Lagos está na principal ligação do Rio de Janeiro com a Região dos Lagos, que é muito procurada tanto por turistas como por caminhoneiros em trabalhos específicos de frete. Ao todo, ela apresenta 57 quilômetros e vai do município da capital fluminense até São Pedro da Aldeia, Saquarema, Iguaba Grande, Arraial do Cabo, Búzios, Rio Bonito, entre outros.
Sua administração é feita pelo Grupo CCR e tem taxa em média de R$ 15,00 a cada 100 km rodados. No entanto, aos finais de semana, quando o movimento de veículos se intensifica, o valor médio pode sofrer um aumento, indo para cerca de R$ 25,00 por cada 100 km.
Sistema Anhanguera-Bandeirantes
Com aproximadamente 320 KM de extensão, a praça de pedágio presente nos trechos do Sistema Anhanguera–Bandeirantes é gerenciada pela concessionária Autoban que faz parte do Grupo CCR. Por lá, são feitas por volta de 850 mil viagens diariamente, com destaque para o transporte de produtos agrícolas e industriais em um dos polos econômicos do mercado.
As praças de cobranças estão presentes nos trechos que ligam a capital paulista até a região metropolitana de Campinas e o Norte do Estado de São Paulo. Os valores cobrados giram em torno de R$ 17,00 a cada 100 km rodados. De modo geral, as duas rodovias somam R$ 115,40 em 14 praças de pedágios distribuídas estrategicamente entre os trechos.
Castelo Branco e Raposo Tavares
Outra praça de pedágio administrada pelo Grupo CCR, por meio da Via Oeste, que configura entre as mais caras do Brasil, fica nas rodovias Castelo Branco e Raposo Tavares. Elas fazem a ligação da capital paulista até o extremo oeste do Estado e o Norte do Paraná. Normalmente, o valor da taxa fica em torno de R$ 24,00 a cada 100KM rodados.
Trecho Rio-Teresópolis
Outra praça de pedágio de destaque no Rio de Janeiro é o trecho Rio-Teresópolis. Na prática, a BR-116 sobe a Serra dos Órgãos até a cidade histórica de Teresópolis. A empresa responsável pela Concessão é a EcoRioMinas integrante do sistema EcoRodovias.
Desde 2022, inclusive, o grupo se tornou o maior em extensão de malha rodoviária no Brasil. O preço da taxa de cobrança em média é de R$21,70 na praça de pedágio principal e de R$ 15,20 nas praças auxiliares ao longo do percurso.
Rodovia Marechal Osório
Também chamada de Free Way pelos motoristas gaúchos, a rodovia Marechal Osório é responsável por ligar Porto Alegre até o litoral do Rio Grande do Sul. Funciona a partir da concessão da Concepa faz parte das praças de pedágio mais caras do Brasil.
Aproximadamente, trafegar pela extensão de seus 121 KM custa R$ 15,45 a cada 100 km. Vale destacar que a empresa administra também a ponte que cruza o Lago Guaíba, em Porto Alegre, e disponibiliza na região um vão móvel que pode realizar a passagem de navios pelo lago.
Sistema Anchieta-Imigrantes
Como citamos, o sistema Anchieta-Imigrantes é o mais caro entre as praças de pedágio do Brasil. Ambas rodovias estão sob a administração da Ecovias, que justifica o valor cobrado pelos altos investimentos realizados em infraestrutura ao longo dos últimos anos.
Em média, o motorista precisa desembolsar R$ 35, 30 a cada 100 km rodados e fazem parte dos trechos quase 117 KM de estradas com ligação entre São Paulo e importantes municípios do litoral, como Guarujá, Praia Grande, Cubatão, Santos e São Vicente.
Entenda como a taxa de pedágio é calculada
Por ser uma atividade paga cobrada por companhias prestadoras de serviços, o motorista pode receber assistência ao longo de suas viagens. Você sabia disso? Pois bem, este benefício inclui atendimento médico de urgência, guincho 24 horas para realizar a remoção de veículos.
Além disso, elas também precisam investir em segurança e melhorias estruturais ao longo das rodovias para reduzir riscos e oferecer telefones em pontos estratégicos para ligações de emergência. É essencial ressaltar, neste caso, que a cobrança tarifária é feita com base em tarifa quilométrica básica.
O valor costuma ser fixo por quilômetro e é multiplicado pelo trecho de tráfego conforme as coordenadas de cada concessionária administradora da rodovia. As cobranças são feitas de duas maneiras e sempre considera o tipo de veículo em um primeiro momento.
De um ponto de vista mais técnico em um sistema padronizado, os pedágios foram criados como uma solução para a falta de investimentos e atenção com o andamento das rodovias nacionais. Assim, a partir das parcerias público-privadas, o dinheiro arrecadado nas unidades de pedágio deve ser redirecionado para a manutenção e melhoria das estradas em diferentes aspectos.
Agora ficou claro como uma praça de pedágio funciona e quais são as principais presentes nas rodovias brasileiras. O grande diferencial de conhecê-las e ter uma dimensão dos valores cobrados é se preparar melhor para traçar trajetos de trabalho com entregas de mercadorias.
Isso permite ter um planejamento focado não apenas em destinos mais rápidos, mas também em custo-benefício, evitando multas de trânsito e garantindo mais segurança para você e para seus companheiros de estrada.
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