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CAMINHÃO antigo

Caminhão antigo: confira 8 modelos da Mercedes

Caminhoneiro

Quando se pensa em caminhão antigo e nos modelos que fizeram história no mercado, logo o nome da Mercedes-Benz é diretamente relacionado. Afinal de contas, com mais de sete décadas de atuação no Brasil, a marca revolucionou a forma como os caminhoneiros atuam nas estradas e cidades, e trouxe uma série de inovações que impulsionaram o sucesso das vendas.

São realmente muitos modelos marcados em sua história de extremo sucesso e competência. Porém, alguns deles precisam ser detalhados e destacados porque serviram também como referência a grandes avanços de um segmento cada vez mais competitivo e focado em trazer a melhor experiência ao condutor, além de bom custo-benefício e segurança.

Quer saber mais? Neste texto, falarei sobre 8 modelos de caminhões antigos da Mercedes que fizeram história. Continue comigo.

1. LP 321

Lembrado com muita saudade pelos caminhoneiros, o clássico LP 321 da Mercedes-Benz marcou época no Brasil e conquistou fãs por várias gerações. Lançado há mais de cinco décadas, o modelo foi fabricado entre os anos de 1958 e 1970 quando chegou a vender cerca de 35 mil unidades. Tamanho sucesso para época se deu porque os motoristas o consideravam um veículo extremamente econômico.

Sem contar que também era o único fabricado em território nacional com motor a diesel. Na prática, isso significava baixo consumo de combustível e muito mais durabilidade. Com capacidade de 10 toneladas e carroceria maior, era um caminhão médio conhecido também como torpedo. Contava com motor de seis cilindros e câmbio de cinco marchas.

Foi justamente o LP 321 que deu o pontapé na história da marca como referência de qualidade e confiança entre os caminhoneiros. Vale destacar, inclusive, que o modelo fazia cerca de km por litro de acordo com o tipo de carga carregada. Seu slogan de divulgação foi “O que é bom já nasce Diesel” justamente para enfatizar esse grande diferencial em custo-benefício.

2. LS 1935

Já o caminhão Mercedes-Benz LS-1935 foi o primeiro grande sucesso na categoria de pesados no mercado nacional. Este modelo veio antes dos consagrados Actros e Axor e esteve disponível para compra entre os anos de 1990 e 1998 com mais de 19 mil unidades emplacadas.

Tamanha procura surpreendeu até mesmo os executivos da marca no Brasil, já que, somente nos três primeiros anos, as vendas do modelo cresceram em 126%. E tamanho alvoroço tinha razão de ser. O LS-1935 era equipado com motor MB OM-447 LA de 6 cilindros em linha. Sua potência era de 354 cv a 2.100 rpm, e o torque de 158 mkgf era entregue entre 1.100 e 1.600 rpm.

Entre as novidades mais comentadas na época estavam os cabeçotes individuais do motor e as juntas feitas de metal. Além disso, os bicos injetores ficavam instalados na parte externa do veículo, enquanto o câmbio manual era ZF 16 S 130 e contava com 16 velocidades.

Por fim, outro destaque era a cabine que, na versão leito, apresentava 2 metros de comprimento e 78 cm de largura.

3. L 1620

O modelo é um dos campeões de vendas dos anos 90 e até hoje é um caminhão antigo muito procurado no mercado de veículos usados. De modo geral, podemos dizer que ele ficou marcado na memória da história do transporte rodoviário de carga.

Ele liderou o mercado durante quase 10 anos até ser descontinuado, no final de 2011. Isso aconteceu em razão da chegada de normas ambientais do Proconve.

Durante o seu período de produção, de 1996 até 2011, o modelo teve 102.600 unidades fabricadas, sendo que 91.400 foram licenciadas no mercado interno. O mais incrível de tudo isso é que o seu desempenho em vendas ainda traz retorno para a Mercedes-Benz, especialmente, em relação à imagem.

Inicialmente, o semipesado surgiu como um 4×2 e motor de 204 cv, de acordo com a indicação de sua nomenclatura. Com o passar do tempo, no entanto, a engenharia da marca sentiu necessidade de incrementar o veículo para ter mais capacidade de carga e potência sem alterar o nome do caminhão que já estava consagrado.

Mudanças na fabricação

A partir disso, o modelo passou a sair de fábrica com o terceiro eixo instalado e o peso bruto total (PBT) de 16.000 kg para 23.000 kg. O motor foi de 211 cv a 2.600 rpm e torque de 67 kgfm a 1.400 rpm.

Mesmo com tantos lançamentos no mercado atual, o veículo ainda se destaca entre os usados por conta de sua alta resistência mecânica e o baixo custo de manutenção. São exatamente essas características que fizeram a sua fama enquanto esteve em produção e que chamam a atenção até hoje.

É interessante citar ainda a ampla versatilidade para trabalhar em diversos tipos de aplicações e as apresentações nas medidas exatas na hora de cumprir rotas rodoviárias de curtas e médias distâncias em conjunto de uma série de carrocerias sobre chassi.

4. Mercedes 710

O caminhão 710 da Mercedes -Benz também marcou época no Brasil, e falar dele é nostalgia pura. Este modelo leve foi um dos mais vendidos da história da marca no mercado nacional. Durante os anos de 1996 e 2015, houve a comercialização de aproximadamente 92.341 unidades. Sendo 78.350 somente para o mercado interno e 13.911 para exportação.

Na lista de principais países compradores estão Chile, Venezuela e Argentina. Com números tão expressivos, a linha ganhou por diversas vezes o Prêmio Lótus de “Caminhão Leve do Ano”, que era de extrema relevância na indústria brasileira entre os veículos comerciais.

A marca levou para a categoria de leves a mesma robustez, eficiência, resistência e durabilidade dos modelos médios e semipesados, se encaixando com diferentes perfis. Somado ao conjunto, o 710 ainda trouxe boa agilidade no trânsito e nas curtas distâncias, o que conquistou tanto frotistas quanto motoristas autônomos.

Características técnicas

O 710, chamado também carinhosamente de “Mercedinho 710” contava com motor OM 364, de 4 cilindros verticais em linha, a potência de 109 cv e 2600 rpm, Proconve P5 e turbocooler. O torque era de 380Nm e o limite de carga útil máxima suportava 3.980 kg.

5. Mercedes 1113

No início da década de 70, a Mercedes-Benz lançou o caminhão 1113 que foi um enorme sucesso e permanece inesquecível na memória dos admiradores da marca. O modelo contava com bom espaço na cabine, excelente capacidade de tração do motor e possibilidade de transportar uma ampla variedade de cargas.

Inclusive, vale ressaltar que a cabine foi um dos pontos altos que resultaram na procura pelo 1113. Isso porque ela era suspensa por molas e dois amortecedores que funcionavam com dupla ação. O que, no fim das contas, traria mais conforto que as outras opções disponibilizavam até então.

E o resultado não poderia ser outro. Mais de 200 mil unidades comercializadas que colocaram o modelo como caminhão mais vendido do Brasil. Durante este período, a Mercedes-Benz se firmou como referência de veículos confiáveis, de baixo custo de manutenção e estáveis, sempre disponíveis aos caminhoneiros.

Para que você tenha uma ideia do tamanho da popularidade do veículo, ele chegou até mesmo a ser apelidado de “Fusca” das estradas por conta da grande quantidade de Mercedes 1113 que podiam ser vistos nas rodovias brasileiras.

Diante de tamanho sucesso, a Mercedes atualizou a linha por diversas vezes e, na sequência, trouxe outros modelos que usavam a já tradicional cabine, como o 1513 e 2013. Ambos se diferenciavam pela capacidade de tração do motor e transporte de cargas.

6. Mercedes 1938

O Mercedes LS 1938 trouxe uma grande inovação que foi o motor eletrônico de 380 cv e isso representou um dos maiores avanços da história do setor de propulsores a diesel.

Além do motor diferenciado, o modelo ainda contava com caixa de 16 marchas, freio a disco nas quatro rodas e sensor de desgaste das pastilhas. Rodas de alumínio eram um adicional expressivo, e também foi o primeiro modelo da marca a receber a tecnologia de ABS opcional e ar-condicionado.

7. L 608 D

Como já havia conquistado as estradas, faltava a marca apostar também em um modelo que ganhasse as cidades e foi assim que a Mercedes-Benz lançou o L 608 D apelidado de “Mercedinho”.

Este caminhão urbano era todo voltado para entregas com motor de 3.8 de quatro cilindros com injeção direta, 85 cv e caixa de 5 velocidades ZF. E como adicional, capacidade para 3.500 kg de carga.

Chegou ao mercado disponível em três versões, que contavam com cabine, meia cabine e com chassi nu. Em pouco tempo se tornou um absoluto sucesso e antes de terminar o primeiro ano de vendas já alcançou 35% do segmento.

As diversas inovações tecnológicas somadas ao motor a diesel chamaram a atenção do público, mas o charme a mais foi o charme europeu do design.

8. Accelo (2003)

Em uma história mais recente de sucesso no mercado brasileiro, temos o caminhão Accelo. Esta família de uma nova geração de veículos da Mercedes veio para substituir a linha 608-709-710. Toda a ideia de projeção foi feita para circular bem em grandes centros com foco em conforto, economia de combustível e boa versatilidade de manobras.

Inicialmente, o Accelo chegou disponível nos modelos de sete toneladas e de nove toneladas. Entre as principais características destacam-se a suspensão por molas parabólicas, o motor eletrônico OM-612 LA, de cinco cilindros e 156 cv a 3.800 rpm com injeção eletrônica common-rail.

Os modelos da Mercedes-Benz realmente são ícones atemporais quando falamos de caminhão antigo e sucesso de vendas no Brasil. Desde as primeiras revoluções com motor a diesel até as tecnologias atuais, a história da marca é recheada de inovação. Tudo isso trouxe uma série de diferenciais para a vida dos motoristas, tornando-se um sinônimo de confiança, estabilidade, qualidade e durabilidade.

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